
Comecei então a me envolver com a
luta diária de todas as mulheres dessa sociedade machista, sempre vista como
submissa e incapaz. Por vezes presenciei situações de agressões contra nós
mulheres (vale lembrar que agressão não é só física, ela pode ser verbal,
psicológica, etc.), e sempre me indignava/indigna com a atitude desses
monstros. Como pode alguém ser estuprado
por usar roupa curta? Como alguém pode ter seu caráter posto em questão devido
às roupas que você gosta, ou sou estilo musical? Como alguém pode te julgar
“puta” por ficar com uma quantidade “x” de homens/mulheres? Como alguém pode
tomar-te como propriedade, a ponto de tirar sua vida ou vida de outra pessoa
por você não tá mais afim? Quem dita às
regras? O corpo é meu e dele cuido eu!
No entanto, a gente sempre choca,
continua na luta contra tudo isso, porém, no fundo não esperamos que algum dia
aconteça com a gente, e acontece, e às vezes nem nos damos conta!
Há pouco tempo me vi em uma
situação como essa. Pude sentir na pele a dor de uma agressão psicológica,
verbal e moral. Naquele momento, pensei em todas as mulheres que já passaram
por isso, e o quanto é difícil se abrir e assumir o que acontece, e
principalmente tomar uma atitude para mudar isso.
E hoje, 08 de Março de 2014, dia internacional
da mulher, venho dizer que hoje não é um dia para se comemorar, ou que devamos
receber “Parabéns”. Parabéns pelo o que? Todo dia é nosso dia, e todo dia é dia
lutar contra essa sociedade opressora e machista que nos envolve. Hoje é dia de
discutir e refletir sobre todas essas e tantas outras questões que nos aflige diariamente.
Não quero flores, não quero parabéns... Eu quero respeito, e não só hoje, mas
todos os dias.
Salve para as todas mulheres libertárias!
Avante!
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