
Sentada em um banco em um parque próximo a minha casa avistei um beija-flor.
Penas pretas com “fios” dourados que refletia a luz do sol, olhos tão expressivos e penetrantes que me impediam de olhá-lo fixamente por mais de trinta segundos. Era como se ele pudesse adentrar e descobrir meus sonhos e desejos mais secretos.
Eu nunca havia sentido algo assim!
O jeito como ele voava, sem medo de estar indo ou não na direção correta, e ao mesmo tempo a insegurança, receio de que pudesse machucar alguém.
Eu nunca havia visto nada assim!
Mantive-me estática e continuei a observá-lo. Para meu desespero ou calmaria – ainda não sei bem -, ele estava vindo em minha direção e pousou do lado esquerdo do banco onde eu me encontrava. Ele continuou ali durante os próximos trinta segundos – nem um milésimo a mais – olhando em meus olhos como se quisesse fazer ou até mesmo falar algo.
Não sei ao certo o que poderia ser, mas “a mente vê o que escolhe vê”, e eu nunca havia sentido tanto amor assim!
Então, “MEU” beija-flor vôo e pousou sob uma rosa azul, linda, porém seca e um tanto quanto sem vida.
A cumplicidade de ambos era de amantes, mas não amantes no auge do amor, apenas bons companheiros, juntos por respeito e compreensão. Era assim que eu os via.
O fato é, eu nunca quis tanto um beija-flor assim!
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