Após 48 questões de matemática, química e bio-física, tudo que queria era um suco de maracujá, meu sofá para nove pessoas - onde apenas uma ocuparia, eu - e no som Sugar Minott.
Como de imediato isso não seria possível, fui para o ponto de ônibus esperar o 175 ouvindo Black Alien. Não demorou muito e logo o ônibus chegou, entrei e sente no banco mais alto da esquerda, como de costume. Tempo depois entra um senhor e senta-se ao meu lado, apesar do ônibus está completamente vazio. No momento tudo que sentia era raiva, com tanto lugar para sentar, porque ele veio justamente sentar ao meu lado? Só para me incomodar, pensei. Bem, mesmo assim continuei lá.
Pouco depois, para a minha surpresa, entra no ônibus um jovem (não me lembro o nome, Lucas, Luíz, não sei, algo assim) que eu havia conhecido no dia anterior, ficou ali do meu lado e por educação ofereci para levar as coisas que ele estava na mão, não recusou, claro. Desliguei o mp3 do meu celular e coloquei-o sobre minhas pernas juntamente com as sacolas.
Conversamos até a hora em que ele desceu. Depois de tirar todas aquelas sacolas percebi que faltava a borrachinha do meu fone de ouvido, comecei a procurar mas não a encontrava. O senhor ao meu lado vendo toda aquela movimentação, diz:
- Estou vendo que você perdeu algo, vou levantar e você olha para ver se está aqui.
Não estava, agradeci e parei de procurar a maldita borrachinha.
Tempos depois, dois caras que sentavam no banco da frente levantam-se e ficam parados na porta do ônibus nos próximos quatro pontos, atrapalhando a passagem.
Observei a cena atentamente, porém, acreditava que só eu me importava com tamanha incoveniência.
Quando os rapazes desceram o senhor comenta:
- Estava observando, aqueles rapazes ficaram na porta do ônibus atrapalhando a passagem durante quatro pontos, quanta incoveniência.
- É, eu estava observando também, mas talvez eles não saíbam onde iriam descer.
- É..
Como de imediato isso não seria possível, fui para o ponto de ônibus esperar o 175 ouvindo Black Alien. Não demorou muito e logo o ônibus chegou, entrei e sente no banco mais alto da esquerda, como de costume. Tempo depois entra um senhor e senta-se ao meu lado, apesar do ônibus está completamente vazio. No momento tudo que sentia era raiva, com tanto lugar para sentar, porque ele veio justamente sentar ao meu lado? Só para me incomodar, pensei. Bem, mesmo assim continuei lá.
Pouco depois, para a minha surpresa, entra no ônibus um jovem (não me lembro o nome, Lucas, Luíz, não sei, algo assim) que eu havia conhecido no dia anterior, ficou ali do meu lado e por educação ofereci para levar as coisas que ele estava na mão, não recusou, claro. Desliguei o mp3 do meu celular e coloquei-o sobre minhas pernas juntamente com as sacolas.
Conversamos até a hora em que ele desceu. Depois de tirar todas aquelas sacolas percebi que faltava a borrachinha do meu fone de ouvido, comecei a procurar mas não a encontrava. O senhor ao meu lado vendo toda aquela movimentação, diz:
- Estou vendo que você perdeu algo, vou levantar e você olha para ver se está aqui.
Não estava, agradeci e parei de procurar a maldita borrachinha.
Tempos depois, dois caras que sentavam no banco da frente levantam-se e ficam parados na porta do ônibus nos próximos quatro pontos, atrapalhando a passagem.
Observei a cena atentamente, porém, acreditava que só eu me importava com tamanha incoveniência.
Quando os rapazes desceram o senhor comenta:
- Estava observando, aqueles rapazes ficaram na porta do ônibus atrapalhando a passagem durante quatro pontos, quanta incoveniência.
- É, eu estava observando também, mas talvez eles não saíbam onde iriam descer.
- É..
Ficamos calados durantes uns dois minutos até que ele pergutou:
- Vai prestar vestibular para que, minha jovem?
- Ciências Sociais.
- Sociólogia?!
- Sim. (Foi instantâneo meu sorriso)
- Você sabe que nós tivemos um presidente sociólogo, né?
- Sim, Fernando Henrique Cardoso.
- Vai prestar vestibular para que, minha jovem?
- Ciências Sociais.
- Sociólogia?!
- Sim. (Foi instantâneo meu sorriso)
- Você sabe que nós tivemos um presidente sociólogo, né?
- Sim, Fernando Henrique Cardoso.
Começamos a conversar sobre política, ele deu sua opinião, ouviu a minha, até que percebi que nossas ideias se entrelaçavam, apesar de toda diferença de idade. Ele não era um desses "velhos" alienados pelo governo Lula, vi nele um imença indignação com o que acontecia no mundo e que precisava de alguém para "desabafar", alguém que não o reprimisse ou tentasse convencê-lo do contrário. Me Senti feliz em poder ser esse "alguém".
Final da linha.
Ele desceu e acendeu um cigarro, logo depois eu desci, a uns dois passos lá estava ela, a tal borrachinha.
Um comentário:
Esse senhor era meu avô! :)
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