sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Ciranda

Entre cada rodada, horária e anti-horária, mil pensamentos tomavam conta da minha mente, pensamentos à todo o vapor e intensidade, mal conseguia concluir uma ideia, quando dava por mim já estava em outra dimensão debatendo outro assunto que não tinha a mínima importância, não para quem me ouvia.
Dentre esses "mil", novecentos e noventa e nove eu consegui por para fora.
Era um bom dia para brincadeiras, há tanto tempo não brincava. Estava feliz. Estávamos felizes.
Riamos feito crianças, e de fato, naquela ciranda eramos.
Nos cansamos e resolvemos parar um pouco para descansar. Sentamos. Agora não só o meu pensamento estava acelerado, falavamos, riamos, brincavamos, riamos.. Conversamos muito até a boca ficar seca, um copo para matar a cede.
Tudo era motivo para brincadeiras, até a fumaça que aderia formas com vento. Um copo a mais.
Como toda criança, tudo vai bem até ser contrariada. Dois copos a mais, três.
Quantos copos já foram? Não sei. Me perdi no tempo, assim como já havia perdido nos pensamentos, no entanto, o único pensamento que não saía era o de número mil. Ah, esse eu não conseguia nem mesmo expor, deveria, mas não dava.
Quatro copos, e eu não incansável tentativa de concluir e jogar para fora tudo aquilo que a tanto tempo tento dizer. Fracasso. Um copo pela "decepção", é sempre assim.
Não entendo, nunca me calei diante de algo que me encomoda, porque isso agora?
Pensei, no "já!"
Um dó, lá, sí e JÁ!

Falei, o problema são os meus princípos. Gosto de rock'n'roll, mas gosto mais de reggae.
Não Gosto de coca-cola, mas gosto mais de Guaraná. Gosto de preto, mas gosto mais de branco. Gosto de "gente" grande, mas gosto mais dessas suas brincadeiras. Gosto de você, mas gosto mais de mim ou deveria.
O problema é que niguém me ouvia, todos estavam interessados demais com a ciranda.
E ela rodava, rodava sem parar!


Um comentário:

Alinne . disse...

Bom texto minha jovem!