Farda cor de bosta

A palavra corrupção deriva do latim corruptus que, numa primeira acepção, significa quebrado em pedaços e numa segunda acepção, apodrecido, pútrido. Por conseguinte, o verbo corromper significa tornar pútrido, podre. Tornando essa definição mais ampla, entende-se por corrupção política o uso ilegal - por parte de governantes, funcionários públicos e agentes privados - do poder político e financeiro de organismos ou agências governamentais.
Falam-se muito em corrupção, independente do grau que ela exerça na sociedade, desde um simples ato de furar o sinal de trânsito até casos mais extremos e de maior indignação, como, por exemplo: o mensalão, mensalinho, panetones, etc.
A indignação com nosso governo é uma constante, no entanto, quando se trata de corrupção política não tenho dúvidas de nada que possa acontecer.
Quando pequena acreditava fervorozamente na polícia, fosse ela cívil, estadual ou federal - não via diferença, era muito nova para compreender tal assunto - pensava que ela sim cumpriria todas as leis, acabaria com o crime e que eles, os policiais, fossem pessoas de extrema confiança. Quanta ilusão!
Ao sair da aula me deparei com um policial militar estacionando a viatura em cima da faixa de pedestres, sem a menor preocupação de que poderia estar infringindo a lei, na qual é seu dever fiscaliza-la.
Então perguntei:
- Vai estacionar sobre a faixa mesmo?
Ele apenas me olhou como quem está sem graça e chegou o carro um pouco para trás, mas ainda continuava sobre a faixa. Desceu da viatura e saiu tranquilamente.
Policiais corrompem por qualquer "vinte reais na mão", promovem boa parte do crime, transgridem as leis, machucam pessoas inocentes entre outras barbaridades.
Restam-me apenas as retóricas. Em quem confiaremos a vigilância das leis, em policiais como esse?
Se a consciência já não pesa, honre ao menos o peso da farda que lhe foi dada!